Como ocorre o conclave e quais as regras que circundam a votação?
O início da votação está prevista para esta quarta-feira (07/05), na Capela Sistina, em Roma
06.05.2025 - 14:05:22

O processo para o novo conclave já deu sinal de partida nesta terça-feira (06/05). Todos os 133 cardeais considerados “elegíveis” começaram o processo de isolamento e instalação na residência Santa Marta. Marcado para iniciar oficialmente na quarta-feira (07/05), os “votantes” participarão de uma Missa na Basílica de São Pedro, às 10h no horário local e 5h de Brasília.
A primeira rodada de votação está prevista para às 16h30 (11h30 em Brasília). Já um dos símbolos mais marcantes desse processo de votação: a fumaça que indica a eleição (ou não) do novo Santo Padre, deve ocorrer por volta das 19h (14h Brasília). Porém, dificilmente há consenso entre os cardeais na primeira rodada. Com isso, a fumaça preta (quando ainda não houve a escolha) é a mais esperada para esse dia.
A expectativa para eleger um novo Papa, segundo os cardeais, é a de que seja uma votação rápida, durando, no máximo, entre 2 e 3 dias. Em 2013, por exemplo, quando Francisco conquistou a maioria dos votos, o processo durou 2 dias. De acordo com o cardeal salvadorenho, Gregorio Rosa Chavez, em entrevista ao G1, a previsão para definir um novo Papa é a de 2 dias.
Como acontece a votação?
Primeiramente, a votação se inicia com a distribuição das cédulas: os 133 cardeais devem escrever o nome do candidato que desejam que se torne o novo Papa. O papel é feito na medida para ser dobrado em até duas vezes. Tudo isso está descrito na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis.
Ao todo, 3 cédulas são distribuídas para cada cardeal eleitor e o último cardeal diácono sorteia, entre todos os cardeais eleitores: três escrutinadores, três encarregados de coletar os votos dos enfermos (infirmarii) e três revisores. Caso os sorteados não puderem desempenhar as funções mencionadas anteriormente, outros três nomes são sorteados novamente. Essa fase é chamada de pré-escrutínio.
As cédulas devem ser preenchidas após o secretário do Colégio dos Cardeais, o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e os cerimoniários saírem da Capela Sistina. Já a votação ocorre em ordem de precedência dos cardeais. Após o preenchimento das cédulas, o eleitor deve se encaminhar até o altar, onde ficam os escrutinadores e o recipiente coberto com um prato para recolher os papéis.
Em seguida, o cardeal deve proferir a seguinte frase em voz alta: “Chamo como minha testemunha Cristo Senhor, que me julgará, que meu voto é dado àquele que, segundo Deus, considero que deva ser feito.” Logo depois da fala, ele se curva diante do altar e retorna ao assento. Já os cardeais que não conseguirem ir até o altar por algum motivo de saúde (enfermos), têm auxílio do último dos escrutinadores que se aproxima deles. E, após fazerem o juramento, a cédula é entregue ao escrutinador para ser levada ao altar.

Fonte da imagem: Imprensa do Vaticano e reproduzida pelo G1
Votação dos cardeais enfermos
Os enfermos acamados e que estão em seus quartos recebem ajuda dos três infirmarii que vão até o local com as cédulas e uma caixa para depositá-las. A votação é igual a dos outros cardeais, mas as caixas são levadas pelos infirmarriis de volta à Capela Sistina, as quais são abertas pelos escrutinadores para verificar se o número de votos corresponde ao dos enfermos.
Escrutínio e Quorum necessário
Necessário pelo menos ⅔ dos votos para eleger o Romano Pontífice, a checagem dos votos começa quando o primeiro escrutinador sacode a urna diversas vezes com o intuito de embaralhar as cédulas. Após, o último escrutinador faz a contagem delas e as coloca em outro recipiente vazio. Caso o número de cédulas seja superior ao número de eleitores, todas devem ser queimadas e a realização de uma nova votação de caráter urgente é feita.
Agora, caso tudo esteja em conformidade, a contagem é procedida. Entretanto, no decorrer da apuração, se os escrutinadores encontrarem duas cédulas dobradas e que foram preenchidas por um único eleitor e tenham o mesmo nome; apenas um único voto será contado. Diferentemente, se tiver dois nomes distintos, nenhum dos votos é válido. Mas nos dois casos a eleição não é anulada.
Depois do término da contagem das cédulas, os escrutinadores realizam a soma dos votos e anotam em uma papel separado. A perfuração das cédulas na palavra “Eligo” é feita pelo último escrutinador, que também insere uma linha para preservar a segurança dos votos. Quando a leitura dos nomes é concluída, as pontas das linhas são amarradas com um nó e as cédulas são postas em um recipiente ou em um dos lados da mesa. Com isso, os votos são contados e as cédulas são queimadas.
Se o processo de votação for superior a três dias, as votações são suspensas por um dia, para que, assim, haja uma pausa de oração, discussão entre os eleitores e uma breve exortação espiritual.

Fonte da imagem: Imprensa Vaticano e reproduzida pelo G1
Curiosidades da votação
Uma das maiores curiosidades em torno do conclave é a refeição servida para os cardeais nos dias de votação. Com um cardápio leve e composto por sopa com legumes e outros alimentos leves, é proibida a ingestão de bolos inteiros. Em 2013, os cardeais foram servidos com legumes, pão, legume grelhado, risoto, peixe assado, espaguete e frutas. Seguindo a tradição, bolos e frangos inteiros, por exemplo, não entram na cozinha pelo risco de terem mensagens vindas de fora.
O acesso à informação também é regulado, sendo proibido o uso de celulares, televisão e internet. A Capela Sistina e a Casa Santa Marta já foram cercadas por dispositivos de interferência e que impedem o uso de aparelhos eletrônicos. A leitura de jornais também não pode acontecer.
Fonte da imagem da capa: CNN BRASIL
A primeira rodada de votação está prevista para às 16h30 (11h30 em Brasília). Já um dos símbolos mais marcantes desse processo de votação: a fumaça que indica a eleição (ou não) do novo Santo Padre, deve ocorrer por volta das 19h (14h Brasília). Porém, dificilmente há consenso entre os cardeais na primeira rodada. Com isso, a fumaça preta (quando ainda não houve a escolha) é a mais esperada para esse dia.
A expectativa para eleger um novo Papa, segundo os cardeais, é a de que seja uma votação rápida, durando, no máximo, entre 2 e 3 dias. Em 2013, por exemplo, quando Francisco conquistou a maioria dos votos, o processo durou 2 dias. De acordo com o cardeal salvadorenho, Gregorio Rosa Chavez, em entrevista ao G1, a previsão para definir um novo Papa é a de 2 dias.
Como acontece a votação?
Primeiramente, a votação se inicia com a distribuição das cédulas: os 133 cardeais devem escrever o nome do candidato que desejam que se torne o novo Papa. O papel é feito na medida para ser dobrado em até duas vezes. Tudo isso está descrito na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis.
Ao todo, 3 cédulas são distribuídas para cada cardeal eleitor e o último cardeal diácono sorteia, entre todos os cardeais eleitores: três escrutinadores, três encarregados de coletar os votos dos enfermos (infirmarii) e três revisores. Caso os sorteados não puderem desempenhar as funções mencionadas anteriormente, outros três nomes são sorteados novamente. Essa fase é chamada de pré-escrutínio.
As cédulas devem ser preenchidas após o secretário do Colégio dos Cardeais, o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e os cerimoniários saírem da Capela Sistina. Já a votação ocorre em ordem de precedência dos cardeais. Após o preenchimento das cédulas, o eleitor deve se encaminhar até o altar, onde ficam os escrutinadores e o recipiente coberto com um prato para recolher os papéis.
Em seguida, o cardeal deve proferir a seguinte frase em voz alta: “Chamo como minha testemunha Cristo Senhor, que me julgará, que meu voto é dado àquele que, segundo Deus, considero que deva ser feito.” Logo depois da fala, ele se curva diante do altar e retorna ao assento. Já os cardeais que não conseguirem ir até o altar por algum motivo de saúde (enfermos), têm auxílio do último dos escrutinadores que se aproxima deles. E, após fazerem o juramento, a cédula é entregue ao escrutinador para ser levada ao altar.

Fonte da imagem: Imprensa do Vaticano e reproduzida pelo G1
Votação dos cardeais enfermos
Os enfermos acamados e que estão em seus quartos recebem ajuda dos três infirmarii que vão até o local com as cédulas e uma caixa para depositá-las. A votação é igual a dos outros cardeais, mas as caixas são levadas pelos infirmarriis de volta à Capela Sistina, as quais são abertas pelos escrutinadores para verificar se o número de votos corresponde ao dos enfermos.
Escrutínio e Quorum necessário
Necessário pelo menos ⅔ dos votos para eleger o Romano Pontífice, a checagem dos votos começa quando o primeiro escrutinador sacode a urna diversas vezes com o intuito de embaralhar as cédulas. Após, o último escrutinador faz a contagem delas e as coloca em outro recipiente vazio. Caso o número de cédulas seja superior ao número de eleitores, todas devem ser queimadas e a realização de uma nova votação de caráter urgente é feita.
Agora, caso tudo esteja em conformidade, a contagem é procedida. Entretanto, no decorrer da apuração, se os escrutinadores encontrarem duas cédulas dobradas e que foram preenchidas por um único eleitor e tenham o mesmo nome; apenas um único voto será contado. Diferentemente, se tiver dois nomes distintos, nenhum dos votos é válido. Mas nos dois casos a eleição não é anulada.
Depois do término da contagem das cédulas, os escrutinadores realizam a soma dos votos e anotam em uma papel separado. A perfuração das cédulas na palavra “Eligo” é feita pelo último escrutinador, que também insere uma linha para preservar a segurança dos votos. Quando a leitura dos nomes é concluída, as pontas das linhas são amarradas com um nó e as cédulas são postas em um recipiente ou em um dos lados da mesa. Com isso, os votos são contados e as cédulas são queimadas.
Se o processo de votação for superior a três dias, as votações são suspensas por um dia, para que, assim, haja uma pausa de oração, discussão entre os eleitores e uma breve exortação espiritual.

Fonte da imagem: Imprensa Vaticano e reproduzida pelo G1
Curiosidades da votação
Uma das maiores curiosidades em torno do conclave é a refeição servida para os cardeais nos dias de votação. Com um cardápio leve e composto por sopa com legumes e outros alimentos leves, é proibida a ingestão de bolos inteiros. Em 2013, os cardeais foram servidos com legumes, pão, legume grelhado, risoto, peixe assado, espaguete e frutas. Seguindo a tradição, bolos e frangos inteiros, por exemplo, não entram na cozinha pelo risco de terem mensagens vindas de fora.
O acesso à informação também é regulado, sendo proibido o uso de celulares, televisão e internet. A Capela Sistina e a Casa Santa Marta já foram cercadas por dispositivos de interferência e que impedem o uso de aparelhos eletrônicos. A leitura de jornais também não pode acontecer.
Fonte da imagem da capa: CNN BRASIL
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Fonte Assessoria de Comunicação